
Frank Castle atira a responsável por uma rede de sequestro e prostituição forçada de imigrantes européias contra um vidro inquebrável. Leitura para toda a família.
O irlândes Garth Ennis é com certeza o autor que entendeu melhor o personagem do Justiceiro e conseguiu criar uma versão paralela dele que habita o mesmo universo povoado de super-heróis coloridos da Marvel. O justiceiro de Ennis é um veterano do Vietnan com a idade equivalente, embrutecido e sociopata, que volta e meia se usa de táticas mais cruéis do que as dos criminosos que executa. Para esse justiceiro não há redenção. Frank Castle é a encarnação de um espírito vingador completamente amoral e sanguinolento.
Está sendo publicada na Marvel uma minisérie Justiceiro x Mercenário, aonde ele é representado como sua persona antiga. Um vingador urbano mais jovem, menos maluco, enfim, mais adequado aos tempos politicamente corretos que são a antítese do personagem, que tem suas raízes nos anos 70 de 'Desejo de Matar' e 'Dirty Harry'. Esse Castle ainda executa os criminosos, mas seguindo um certo código de honra e os abatendo com tiros genéricos pouco detalhados na área do abdomem.
Agora, me diz uma coisa. Você também acha estranho e um pouco assustador um pai escrever uma carta para a mini-série em questão pedindo uma volta do personagem em uma série mais light, PARA QUE SEUS FILHOS POSSAM COMEÇAR A AMAR O PERSONAGEM ENQUANTO AINDA SÃO CRIANÇAS?
Sabe, it builds character.
Um comentário:
Possivelmente, o pai em questão é como eu, que cresceu vendo o Justiceiro como coadjuvante das histórias do Homem-Aranha. Mas querer que o personagem regrida para as crianças de hoje acompanharem não faz sentido. Até porque, as crianças de 6 anos já andam contando head shots nos Counter Strikes da vida...
Mas você está certo. O doido do Ennis realmente pegou o espírito do personagem.
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