22.1.06

TT em Recife II

Fatos aleatórios sobre Recife: Os pedintes são tão mal-educados que fazem qualquer similar carioca parecer um graduado na socila. O trote de entrada no vestibular para as moçoilas é ter um pedaço da sombrancelha raspada, o que elas escondem com um band-aid gigante na testa. Os tamanhos e padrões dos curativos devem esconder significados herméticos de hierarquia social, curso e classifição final na prova de admissão.

Fatos aleatórios arquitetônicos sobre Recife: Em algumas praias, como em Boa Viagem, você não pode tomar sol depois das quatro porque a sombra dos prédios enormes construídos na orla projetam uma sombra gigantesca na areia. A cidade também tem um cais do porto parcialmente inutilizado porque o mar em volta é muito raso para receber navios grandes. Apesar disso tudo, os prédios são bem mas bonitos e bem-cuidados do que na minha cidade natal, que geralmente tende a achar que as belezas naturais já se bastam.

O artista plástico mais celebrado de Recife é Francisco Brennand, obsecado por formas fálicas, ele decorou o ponto próximo ao marco zero da cidade com um pirocão de uns 30 metros de altura, coberto por padrões que lembram veias e com pequenas minhoquinhas saindo do seu tronco, como uma doença venérea nos doloros estágios finais. Dento do corpo cavernoso, aberto a visitação, você pode descobrir que apesar de toda a imponência, o pirocão só tem um testículo. Ao redor dele você pode encontrar outras esculturas fálicas e alguns ovos amontoados em pequenos grupos de dois um três. Aparentemente a obra causaou um bafafá tremendo na época da execução e a liga das senhoras do Santana organizou uma excursão até a cidade para queimar o artista com tochas, mas ficaram tão fascinadas com a pujança de sua obra máxima que voltaram correndo.

Mas não pense que a obsessão por motivos fálicos para em Brennand. Em um restaurante a beira-mar a poucos quilômetros do obelisco você pode encontrar nos utensílios de mesa mais simples uma referência a produção do artista, dessa vez, com um leve toque de influência semita.

Lembrete para os cariocas: Maneiro aqui significa ´de fácil manuseio, leve´ e obviamente, a gíria de orígem funkeira ´demorou´ não faz o menor sentido. Beware.

Nenhum comentário: